Noite de improviso

Fomos assistir a um espectáculo de comédia no Teatreneu em Grácia. O Impro-show é uma espécie de stand-up comedy mas totalmente improvisada, isto, porque os temas do espectáculo são determinados pelo público. À entrada escreve-se num papel o tema sobre o qual queremos que falem e depois é uma questão de ser seleccionado ao longo do espectáculo. Por sorte o meu papel saiu, com o tema "Portugal" lá deu umas risadas sobre a localização do nosso país e de que estaríamos em plano de invadir a França.

La Tramontana

Com os voos para Portugal abusivamente caros, aproveitei estas mini-férias de Páscoa, para juntamente com A. conhecer melhor a Cataluña. Planeámos assim um passeio por diferentes comarcas a norte de Barcelona, como Girona, Selva, a Alt e Baix Empordá.
Saímos na quinta à tarde em direcção a Girona, tratando-se de época alta de turismo, tivemos sorte em A. ter ali um amigo que nos arranjou poiso e assim poupar nas duas primeiras noites de estadia. Girona é uma cidade pequena, calma e muito bonita, cheia de história. Em meio-dia conseguimos visitar os pontos importantes, a catedral, os banhos árabes, o bairro judeu, a muralha.
Para aproveitar a tarde fomos até Banyoles e Besalú, duas vilas que preservam bem os seus edifícios medievais. Fiquei impressionado por encontrar tanta gente de passeio por estas terrinhas, perdidas no meio de um país tão grande, mas estando meio mundo de férias, não seria de admirar.
De regresso a Girona teríamos pela noite a oportunidade de presenciar a procissão da via-sacra, ou seja, de ver os típicos e sinistros encapuçados, afinal estes não vestem só de branco, mas sim das mais variadas cores do aro-íris.
Sábado retomámos viagem em direcção a norte, fomos até Figueres, a terra natal de Salvador Dalí, e por isso, repleta de obras e referências ao famoso artista. Atravessando montes, chegámos a Cadaqués, uma pequena e isolada vila pesqueira, conhecida por lugar de veraneio do artista de bigode. Um pequeno desvio até Castelló d'Empuries, levou-nos a outra pequena vila de troços medievais, dali voltámos à costa, até l'Escala, uma vila que dizem ser muito bonita, mas que nesta tarde muito chuvosa, impossibilitada de visitar. Com o entardecer, seguimos em direcção a Masos de Pals, onde iríamos pernoitar.
Domingo de Páscoa apresentava um dia esplêndido, pelos vistos, os efeitos da tramontana limparam o céu de nuvens. Neste excelente dia de passeio, acrescentámos à lista de vilas góticas/medievais, Pals e Peratallada, parece realmente que caminhamos atrás no tempo ao atravessar as ruelas e becos destas vilas. Seguimos depois em direcção à costa para iniciar a rota em direcção a sul, passando por Tamariu, outra bela aldeia costeira, isolada e fora das redes de turismo até Platja d'Aro esta sim um destino para as massas. Chegámos já de noite a Sant Feliu de Guixols, com um dia intenso de viagem, recolhemos ao descanso.
Novo dia de esplendor. Demos um passeio matutino junto à praia, visitámos o mosteiro e a pequena vila de Sant Feliu de Guixols. Voltámos à estrada e apreciando a maravilha natural da Costa Brava, descemos até Tossa da Mar, outra vila com história, e muita beleza. Depois de palmar toda a vila e castelo, tomámos o repasto à beira da praia aproveitando o sol e calor que se fazia notar, foi um terminar de mini-férias em grande.










Aqui fica o mapa da viagem:

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"La presencia de la tramontana es particularmente intensa en la comarca catalana del Empordà, y son numerosas las referencias literarias y artísticas a este viento."

Biclas por toda a parte.

O Bicing é um meio de transporte público em bicicleta, cada vez mais famoso no seio dos barceloneses. A rede deste sistema é bastante alargada com mais de 100 estações e várias ciclovias espalhadas pela cidade. Com o pagamento de uma cota anual podemos usufrir deste serviço que em tudo compensa, pelo seu baixo custo (24€), pelo ambiente e pela nossa saúde. Hoje recebi o meu cartão, pelos vistos sempre vou dar umas pedaladas por cá.

Semana Santa

Nesta semana de férias académicas e em que muita gente tira férias laborais, Barcelona torna-se numa cidade desprovida dos seus habitantes, mas compensada pela avalanche de turistas.

Las Fallas

Este sábado juntamente com A., B. e um grupo de Erasmus, fui passar um dia de fiesta & no siesta a Valência. Nestes dias são alí celebradas as festas de San José, conhecidas pelas famosas Fallas, uns bonecos enormes que visam satirizar um ano de acontecimentos politicos/ sociais/ culturais.
Era o primeiro dia de festa e chegámos ao ínicio da tarde, a tempo da Mascletà, uma demonstração de poder sonoro, com recursivos rebentamentos de petardos e foguetes na Plaza del Ayuntamento. O ruído é tão elevado que os vidros dos edifícios chegam a vibrar.
Aproveitámos a tarde para conhecer um pouco da cidade. É bem agradável caminhar pela zona reabilitada do antigo rio, este foi desviado do seu curso após umas cheias que arrazaram a cidade, tornando-se agora em parque público, o que permite admirar as várias pontes de um ponto de vista diferente. A Ciudad de las Arts y las Ciencias, desenhada pelo famoso Santiago Calatrava, é um espaço maravilhoso, onde se reune cultura, sociedade, natureza e arquitectura. Neste local podemos encontrar um museu, uma sala de concertos, um oceanário, um parque e um cinema IMAX. Foi pena não termos tempo para visitar todos os espaços, mas o ambiente exterior já valeu bem a visita.
Com o aproximar da noite, voltámos ao centro para vislumbrar algumas das Fallas e reencontrar com os Erasmus para a noite de fiesta. Vários são os cruzamentos e ruas que estão fechados ao trânsito por motivo das Fallas, é impressionante ver que estas chegam a atingir uma altura de 3 andares e que apesar da sua locazilação no meio da rua a poucos metros dos edíficios, serão queimadas na Cremà o último dia da festa.
Vislumbrámos os coloridos fogos de artíficio e passámos o resto da noite em ambiente de botellon e festa cutre de bairro. Pela madrugada regressávamos a Barcelona, dois autocarros cheios de gente completamente esgotada de 24h imparáveis de fiesta & no siesta.

Consulado, ou nem por isso?

Faz uns dias, que a caminho da Plaza Cataluña, reparei numa bandeira Portuguesa, asteada num edíficio em tudo normal aos demais daquela rua. Como a bandeira estava só, certamente não se tratava de um hotel, fiquei curioso e investiguei. Era a localização do Consulado Português. Curioso que este ocupa apenas um único andar num edífico que partilha com um solário e outros escritórios, curioso também que em comparação com o consulado de Marrocos (pelo qual passo todos os dias), não tem qualquer força policial à porta 24h diárias.
No livro das burocracias a tratar, ainda me faltava fazer a inscrição no Consulado. Como era final de tarde, anotei o horário para voltar num outro dia, 10h00-15h00, aqui sim a função pública Portuguesa vive à grande.
Na internet descobri que é possível fazer uma pré-inscrição, mas que ainda assim é necessário comparecer presencialmente no Consulado, para comprovar que se está mesmo naquela cidade/país estranjeiro.
Decidi assim sair hoje mais cedo do trabalho, de forma a chegar ao consuldado a tempo de tratar da papelada. Surpresa das surpresas, chegando lá antes de (supostamente) fechar, não é que dei com as portas fechadas e um novo horário de atendimento, agora das 09h30 às 14h00. Cada vez melhor para os trabalhadores do consulado, mas completamente ofensivo para quem tem os seus horários de trabalho e quer tratar de uma simples inscrição. Tratando-se de uma burocracia informal, parece que vou tardar até ter um dia disponível, pode ser que trabalhem em dia de feriado Espanhol, ou talvez não..

Kamones aqui e alí..

Combinei com algum pessoal guiri recém chegado e alguns locais para uns copos num dos bares Erasmus cá da cidade, o Milans. Chegámos lá ainda cedo pelas normas Ibéricas, mas o sítio já estava cheio. Os kamones não se habituam aos nossos horários. Foi surpreendente reencontrar uma rapariga da estónia, que conheci o ano passado em Cesana, na Itália. Barcelona é das cidades por onde mais cedo ou mais tarde todos passam, mas cada vez mais me convenço que vivo numa aldeia, de nome Europa.

E o triciclo vai para?

..Zapatero, que deixou mais uma vez a sua marca e recebeu uma esperada vitória. Não conseguiu a maioria absoluta e terá agora de decidir com quem pactuar para formar govarno, na calha está a CIU, o partido de direita(?!?) da Catalunha, e terceiro no número de deputados ganhos nestas eleições. De notar que os dois grandes partidos conseguiram aumentar o número de deputados em relação às últimas eleições com detrimento para os partidos mais pequenos que ficam com uma representação mínima (1-6) no senado. Assim se nota o bi-partidismo existente em Espanha.

Febre de sábado à noite

Não fui dançar ao som dos 70s, mas foi uma noite muito bem passada ao ritmo de Barcelona. Começou com um jantar a dois pelo bairro de Gràcia, por alí encontra-se uma enorme variedade de cozinhas, nesta noite escolhemos a italiana. Seguímos para um dos meeting points da cidade, o Zurich na Plaza Catalunya, alí esperavam-me os guiris de sempre. Fomos beber umas cañas no mítico Ovella Negra, o lugar de todos os estranjeiros nesta cidade, onde se encontra sempre uma cara conhecida, desta vez, encontrei velhos amigos da FCT que por cá estavam de fim de semana. Este mundo é de facto uma aldeia. Mudando de ares, fomos até ao Soul Club, uma nova descoberta que deixou a sua marca, com música e ambiente excelente (à parte do fumo, sim alí podem esfumaçar à vontade).

2º Round na tv

Próximo domingo, Espanha vai a votos.

Mais trambulhões

Foi outro fim de semana passado nos Pirinéus Aragoneses. Aproveitámos o sábado para passear pela serra o que permitiu conhecer um pouco da Natureza local que é bem bonita. No domingo o dia apresentava-se excelente, céu limpo e até algum calor. Convidava a subir aos picos, carregámos o material de esqui e metemo-nos a caminho. Desta vez, lá me consegui aguentar (mais ou menos) em cima dos esquis e fazer parte da pista sem cair, até fiz as curvas, a loucura. Claro que as quedas foram mais que muitas, mas mesmo assim diverti-me. Hoje tenho o corpo todo dorido, quem dizia que a neve era fofa?...nunca experimentou quedas valentes a fazer esqui.